terça-feira, 15 de julho de 2014

Olá, nesses tempos é sempre bom ouvir os anciões, eles possuem a Matriz da Sabedoria e podem nos ajudar a tomar decisões.
Estamos numa época de transição planetária e cada um de nós deve reescrever a sua própria história com Devoção e Compaixão.
Toda estrada e todo caminho sugere a forma como andamos na Mãe Terra. Que os nossos descendentes possam receber de nós a herança do Bem, da Paz, da Alegria e da Bênção do Grande Espírito.
Marilene Pitta

Ancestrais e a Energia do Coração - Marilene Pitta | Artigos do Clube

Ancestrais e a Energia do Coração - Marilene Pitta | Artigos do Clube

Feliz Aniversário: 65 anos testemunho de um momento


Feliz Aniversário: 65 anos testemunho de um momento

Marilene Pitta (RJ) Terapeuta Holística de Registros Akáshicos e Atendimento á Distância para todo o país.

Olá, estava com saudades dessa nossa conversa á distância e perto do coração. Muita coisa aconteceu nesse espaço-tempo iluminado de tantas experiências.

Quero agradecer aos meus pais por ter nascido e aos meus ancestrais pelas bênçãos recebidas. Sempre a Lua Cheia volta me trazendo os ensinamentos para o viver. Quando menina o meu pai fez o aniversário de um parque de diversões e minha mãe uns docinhos – chamados beijinhos com um cravo; parecia um olho vivo. Acredito que é por isso esse olhar astuto, atento e encantado com a vida que corre lindamente através do cotidiano. Fui crescendo com essa ideia de contemplação, de fazer do cotidiano mesmo árido uma forma de mudar o olhar, ver o outro lado. Ah! O beijinho com cravo... Adoro!

Pois é, fiz 65 anos em 11 de julho e testemunhei algumas lições. Uma delas: foi a derrota do meu país. Na Clínica Terapêutica aprende-se com a dor. É a casa da dor que nos alerta, que nos informa sobre algo que muitas vezes não desejamos ver, contemplar, dar conta. Fiz 65 anos em meio à mesma história: crianças jogando pelada nas ruas sem saneamento básico, escolas fechadas, povo sem sonhos, violência passeando... Lógico que se avançou, mas não foi o suficiente. Respirei e iniciei um processo de análise da dor nossa de todos os tempos. Sei que uma conquista consciente é fruto de um longo preparo, estudo, dedicação e acima de tudo comprometimento. Por exemplo: não se improvisa um terapeuta. Há uma formação pessoal, mas também uma Ética, uma relação de aprendizado com o outro. Numa dimensão maio poderemos fazer a seguinte analogia doméstica. Em uma casa há um espaço que é a copa (lá, as coisas acontecem se fala se come se discute se organiza). Depois, a grande realização da copa doméstica acontece na sala. A Copa (2014) tão sonhada esqueceu-se da base, da escola, do talento que pode estar nas ruas e peladas da bola que rola solto, mas poderia sedimentar sua estrutura na aprendizagem para ser grande, talentoso, especialista em trabalhos de grupo... Desde pequeno. Desenvolvendo um sentimento de pátria amada com respeito. Vi nos olhos do meu netinho (e de tantas crianças) a decepção da derrota, do bolão que não aconteceu; ele ficou perplexo, mudo, sem entender por que perdemos... A casa da dor chegou muito cedo... A estrutura do consolo, de entender a perplexidade, de voltar a juntar as figurinhas e fazer o álbum. Ali tinha um sonho de menino.

Vi grandes lições de paz e tolerância... Uma América Latina na casa de todos nós. Vi também um povo tão distante e de repente estavam lá no sul da Bahia dançando com os Pataxós e realizando benfeitorias para a região. Fiquei pensando... Como fazem? A resposta estava num documentário que constatava um Projeto de Vitória com a marca e o trabalho de todos.

Fiquei pensando nos nossos talentos, na nossa história, nas conquistas... Aí, sonhei. Miticamente vi todo o nosso país com escolas de qualidade, professores respeitados, águas limpas, floresta cuidada, um povo que cantava e dançava com um gingado extraordinário, aves e pássaros saboreando o frescor dos ventos leves que corriam sem censura pelos quatro cantos desse lugar mítico.

Nesse espaço-tempo arquetípico, vi como os guardas e soldados faziam um trabalho de guardiões da paz. Lindo foi a visão dos idosos indo para o trabalho de memória, os hospitais tão arrumados, e os médicos sorridentes atuavam em pesquisa e publicavam. Nessa visão adorei o respeito pelas tradições, todos davam opinião e eram ouvidos. O Conselho dos Anciões existia e também a Roda das Curandeiras que resgatavam a arte der rezar as crianças, as brincadeiras. Era um arquivo de muito trabalho nessa visão multidimensional. O que mais gostei era o Conselho da Verdade todo mundo sabia que a liberdade é um ganho de todos.

De repente, vi todas as crianças do planeta Terra fazendo uma cirandona de bolas no chão e no ar... As bolas do chão eram as peladas que de tão harmoniosas pareciam uma dança. A linguagem do olhar e da confiança. A alma e o coração estavam ancorados em sua real verdade de vida. As bolas do ar representavam a festa da vida.

Entendi a verdade entre a analogia entre copa (cozinha) e Copa (esporte). Tão distante e tão perto. Não se improvisa Copa. Não se ganha sem luta, sem acreditar em si mesmo. Volta a Clínica Terapêutica: não se ultrapassa as frustrações e agonias num passe de mágica. Volta à baixa estima, o gigante do outro (estrangeiro) mata, assola, apaga o talento não trabalhado e não despertado. Fica no sonho sem renovação, sem transformação, sem transmutação. Empacado. Perdemos.

Acordei e vi o quanto temos que trabalhar juntos, renovar juntos, transformar juntos, transmutar juntos; para isso, há de ruir muitos tijolos falsos... Não estarei aqui para ver o sonho manifestado, mas com certeza ele irá se realizar um dia...

Na volta da vida com certeza estará lá os olhinhos e os beijinhos da minha infância.

Gol para a vida.

Sete é excelente... Número cabalístico...

1  é o Mago que tudo recomeça.

Levantei e escrevi. Publiquei. Você leu e até mais...

Lá vou eu para os 66 anos no próximo ano.